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Traço Doméstico (TS4)
Propriedade
O conteúdo desta página é de propriedade de MorgaineLeFay. A menos que a edição seja construtiva ou de poucos detalhes, peça permissão ao autor para editar a página.
Traço Musicista Cativante (TS4)
Trilha sonora
O(A) autor(a) separou para você uma música para você ouvir enquanto lê o capítulo!
Rolling Stones - Satisfaction
(reproduzido automaticamente)

A vida vinha sendo generosa para Don Lotário, apesar da terrível morte de seus pais. Conseguira um emprego na carreira médica, no qual vinha obtendo sucesso; morava na própria casa, namorava a garota mais rica da cidade e talvez tivesse esperanças de conquistar algo ainda maior. Mas não era o dinheiro de Laura Caixão que o interessava - poderia ficar com ela sem ter um centavo dele. Laura era atraente por si só. Era a mulher mais sedutora que ele alguma vez conhecera, e possuía um refinamento natural. Era um desperdício que estivesse casada com Vladmir.

Cap 1 9

Isso o fazia lembrar das irmãs Caliente. Havia-as deixado em sua cidade natal de muito bom grado. Não que não gostasse de Dina e, em especial, Nina, o problema é que as duas eram garantia de confusão. Nunca soube como Dina havia se safado das acusações de ter matado o marido, e também nada disso importava. Sentia saudade delas, do romance que tivera com cada uma, mas havia outras mulheres em Belavista, até melhores. Laura era a principal, é claro. Mas havia também Catarina Langerak, a empregada. Era francesa, viera de Champs les Sims muito jovem, e arranjara um bom emprego na cooperativa de faxineiras e serviçais diversos. Aquela era uma boa hora para descer e tirar uma lasquinha dela.

- O que é que uma mulher bonita desse jeito faz no meio da minha calçada?

Cap 1 10

- Don! Já te disse parra nom fazerr estes coisas quando estou em horrarrio de serrviço!
- Quer dizer que nas horas vagas eu posso, princesa?
- É clarr que nom!
- Bom - ele fingiu que refletia. - Se está em horário de serviço e trabalha para mim, quer dizer que posso pedir o que quiser de você, já pensou nisso?
- Ah, pelo Obserrvadorr! Tenhe medo de onde isso vai chegarr!
- Vamos dar um passeio, doce Catarina! Valendo seu emprego, o que acha?

A empregada não teve saída senão ir com ele. Don a levou a uma loja de roupas, o local perfeito para concretizar seus planos.

- Escolha uma roupa para você. Não, não recuse! É um presente!

- Don, Don... obrrigada, mas gostarria de saberr porr que esta fazende isso - ela respondeu, desconfiada. Mas se dirigiu até um cabide e retirou dali uma blusa e uma calça, depois foi até o provador experimentá-las. E Don a seguiu após poucos segundos.

Cap 1 11

- DON! Que é isso?
- Cat, Cat... desde a primeira vez que te vi, sonho com...
- Forra daqui! Agorra!! - o que veio em seguida com certeza não foi a primeira tapa que Don levou de uma mulher ofendida, mas todos eles eram apenas uma parte de seu ofício de conquistador.

Cap 1 12

E a outra parte era tentar novamente. Nunca desistir até conseguir o que merece.

Cap 1 13

- Caterrine! Olá! Quer ver eu te beijar?
- Nom! Don, que parrte do que eu disse você nom en...
- Beleza, então fecha os olhos.

Essa também, ele sabia que tinha gostado.

Cap 1 14

- Donnie?

Que diabos?, ele pensou. Conhecia aquela voz. Conhecia bem demais. E aquele apelido ridículo. Seria possível que...

Cap 1 15

- Nina?

- Oh, Don! - ela se atirou nele. Tinha se esquecido de como a pele de Nina era macia - Senti tanto a sua falta! Você nunca mais me ligou, nunca mais me mandou sequer um e-Mail! O que aconteceu com você, rapaz?

- Eu... eu, hã - Não era a intenção me afastar de você, e sim da Dina - eu liguei algumas vezes, mas você nunca atendeu - era melhor mentir. Outro aspecto do papel de Don Juan.

- É mesmo? Não acredito nisso, mas que seja. Nós nos mudamos pra cá. Estamos morando ali do lado, está vendo? Naquela casa ali. Dina arranjou um emprego aqui. Mas e quanto a você, o que anda... oh, a televisão está ligada. Estava assistindo? Vamos assistir então!

Cap 1 16

Tinha se esquecido de como a voz dela soava bem. Sempre deixara Nina falar o quanto quisesse, quando eram namorados. Talvez fosse a única mulher que um homem gostaria de ouvir falar. Ela se sentou no sofá e o puxou para junto de si. Em pouco tempo, estava com os braços em volta dele. Don se esquecera de como ela cheirava bem.

Cap 1 17

Em pouco tempo estavam aos amassos. Era tão familiar, e ao mesmo tempo tão novo. Quem disse que as mulheres são todas iguais era um idiota, pensou enquanto a carregava para a cama. Não existem sequer duas iguais. E são todas ótimas.

No meio da noite, levantou-se e a observou dormir, e se arrependeu. Isso às vezes acontecia com o Don Juan, mas não era regra. Se começasse a dormir com a empregada, com Nina, com Laura, em breve chegaria ao caos, sendo muito difícil se concentrar em um propósito, e ele poderia colocar tudo a perder, e dessa vez não teria os pais para ajudarem-no a juntar as peças depois.

Cap 1 18

Voltou para a cama e se aconchegou a Nina para voltar a dormir. Não a viu sair.


A campainha toca.

Cap 1 19

Um homem não pode ter um segundo de paz! Quem será o maldito agora? - Don! Don! Abra essa porta! Don, sou eu, a Dina!

Diante daquele escândalo gratuito, só havia uma coisa que ele podia fazer. Don abriu a porta. Dina, como Nina, se atirou nele.
- Morri de saudades! Por que é que você não me procurou? Já estamos aqui há dias! - perguntou, sem soltá-lo nem por um momento.
De novo não!
- Estive muito ocupado com o trabalho.
- "Estive muito ocupado com o trabalho". Isso é maneira de tratar uma dama?... Ah, mas que seja, eu não ligo. Eu trouxe um presente pra você?
- Um presente? Poxa, que legal, mas onde está? D-Dina! Ponha isso de volta! Coloque de volta! Coloque o vestido de vol...

Cap 1 20

- EU sou o seu presente, meu querido idiotinha! - Ela o empurrou até o sofá. - Tenho estado tão sozinha desde que você fugiu de nós, Lotário. Ah, muito sozinha. Tem que ter mudado muito para ter medo de uma mulher, sabe?

- Não tenho medo de você, saia de cima de mim.

Cap 1 21

- Não saio. Admita, você não quer que eu saia. Admita que sentiu minha falta. Admita! - ela lhe deu um generoso beijo na boca, dizendo, novamente "Admita", com o pescoço colado ao rosto dele. - Don, minhas noites têm sido tão frias, me sinto tão solitária. Você também, não é? - ela dava beijos rápidos no pescoço de Don a cada palavra, foi ficando difícil. - Você sabe o que quer... Só admita.

Dina não possuía nem um pouco do recato que ainda sobrava em Nina, e isso era tão bom.

- Eu senti sua falta - disse Don.


Laura bateu à porta de Don no fim daquela mesma semana. Tinha passado muito tempo debatendo-se internamente para determinar se devia fazer aquilo, e decidiu que entraria em combustão espontânea se não fizesse. Não podia saber que ele de fato havia dedicado quase todas as horas dos últimos dias pensando nela, mas gostava da possibilidade. Eram duas horas da manhã quando ela escorregou da cama em que Vladmir roncava, depois de conseguir dela algo que não conseguia há dias, e desceu as escadas sem fazer o menor som. Subiu a rua, dobrou algumas esquinas e terminou à porta da casa de Don.

Ele abriu a porta pouco depois de ela apertar a campainha, e os dois travaram um diálogo do qual mais tarde ela nunca conseguiria se lembrar, por mais que tentasse.

Cap 1 22

O fato é que quando deu por si estava na cobertura do sobrado em que Don vivia.

- Tem uma vista muito bonita.

- De fato. Gosto de vir aqui à noite, mas é difícil saber para o que olho, as estrelas ou a vista. São ambas muito atraentes. Mas temos uma coisa ainda mais atraente aqui hoje.

Ela optou por ignorar a indireta óbvia.

- Não sabia que você também gostava de examinar as estrelas, Don.
- Ah, as estrelas são as coisas mais bonitas que há para se ver... depois das mulheres.
Ia ignorar aquilo também. Quase voltava para casa.
- A senhora passou tanto tempo casada com o senhor Vladmir que deve estar muito acostumada com telescópios, imagino.
- Na verdade não. Você nem imagina como é fácil se opor aos passatempos de um marido uma vez que se conviva com eles.
- Mas já usou um telescópio, não?
Ela riu.
- Não. Nunca.
A primeira vez que ela verá as estrelas será comigo, Don pensou.
- Deixe-me ensinar como é. Coloque o olho nessa lente. Agora regule ele aqui do lado.

Luneta

- Oh, eu vejo...
- Vê?
- Nada. Não está funcionando.
- Deixe-me tentar... - ele colocou os braços em volta dela e regulou o telescópio, encostando de propósito em Laura.
- Pelo Observador! É lindo! Quanto brilho! - ela viu por algum tempo e depois se afastou do telescópio. - Oh, Don! Você me trouxe as estrelas essa noite! - pareceu algo adequado a se dizer.
- Não - ele respondeu. - Eu vou levá-la às estrelas essa noite.

Laura se surpreendeu com a destreza com a qual ele a beijou, como se cada movimento fosse calculado. E teve muitos outros motivos para se surpreender naquela noite. Descobriu que Vladmir era, em média, um amante regular. E média significa que às vezes era melhor, mas às vezes era pior do que isso. Não obstante, tudo isso significava apenas uma coisa: iria se divertir por algum tempo, e depois os perderia a todos.

Cap 1 23
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