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Traço Doméstico (TS4)
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A conversa que o Chefe teve com aquele homem me intrigou muito. Aproximei-me dos outros. Perguntei à Léo se o Chefe tinha negócios com outros circos ou outras organizações. Léo estranhou a minha pergunta, mas eu apenas disse que queria saber. Ele respondeu que nunca soube de nada. O circo nunca teve apoio de alguma organização ou um homem de negócios. Ele falou que eu deveria tentar perguntar isso para Ricardo, que trabalha no circo há mais tempo que ninguém.

O Chefe se aproximou de todos e logo avisou que no espetáculo de hoje seria um pouco… diferente. Hoje seria a “Quinta-Feira dos Namorados”. Todos estranharam o nome, mas ele já explicou. Disse que com o recente beijo que havia acontecido entre eu e Roberta, ele teve uma ótima ideia. Ao invés de um espetáculo para todo mundo, nós faríamos uma espécie de “Especial de Namorados”.

Ele nos explicou todos os pormenores da situação e tudo o que iria acontecer na apresentação. Em suma, tudo que ia acontecer eram algumas “trapalhadas românticas” feitas por nós, os palhaços (por exemplo, uma arma irá disparar flores). Léo iria cuspir fogo em três grandes corações de madeira. A única pessoa que teria o número inalterado era Roberta.

Toda a apresentação foi perfeita. Léo incendiou os três corações de madeira e nós, os palhaços, arrancamos gargalhadas do público. No meio da minha apresentação, eu chamei Roberta para o palco. Mesmo ela cochichando que não era a melhor hora, o público, na mesma hora, gritou para ela vir e ela não teve como se negar. Dei-lhe um beijo capaz de arrancar suspiros das mulheres.

No fim da apresentação, enquanto o Chefe estava terminando a apresentação, eu o interrompi. Levei Roberta pela mão e a pedi em casamento. Ela chorou muito emocionada. As mulheres todas suspiraram e vários “own”s invadiram a plateia depois.

Três dias depois, todos no circo estavam muito arrumados para meu casamento. Eu me sentia muito empolgado esperando por Roberta. Ela estava se maquiando com Melanie. Quando a hora chegou, trocamos as alianças e todos foram tocados pela emoção.

Não pedimos presentes à ninguém, já que ninguém teria tempo de ir atrás disso. Mas o único que insistiu em nos dar algum presente foi o Chefe. Ele nos deu uma cama de casal em um trailer separado, que antes estava completamente vazio. Ele foi pintado e todos os móveis já estavam postos no lugar. Nós agradecemos muitíssimo tudo aquilo. 

À noite, depois de toda a festa de casamento, tivemos nossa lua de mel no nosso trailer novo. Ele tinha uma mesa, na qual Roberta iria se arrumar para os shows, uma cômoda e um berço de bebê. O Chefe apenas mencionou isso seguido de um “Quem sabe?”.

Enfim. Com minha saída do trailer dos homens, ficou muito espaço sobrando no trailer feminino. Então, os casais de palhaços ficaram no trailer “feminino” enquanto todos os solteiros ficavam no masculino.

Três meses se passaram do nosso casamento. A barriga de Roberta começou a crescer mais e mais. Nesses meses, finalmente tomei um curso de pintura e pensei em vendê-las, para termos um dinheiro extra no caso de que algo acontecesse… Fiz várias pinturas, mas o crítico de arte que existia dentro de mim gritava: “Esse é o melhor que você pode fazer? Terrível! Terrível!”. Enfim, no final, não deu muito certo. Quando tentei um autorretrato, mas a única coisa que consegui fazer foi uma bizarrice sem precedentes. Eu ia para cama toda noite reclamando das minhas criações e extremamente decepcionado comigo mesmo.

Era uma noite de inverno. Pela milésima vez tentando fazer algo que prestasse e dando tudo de mim, mesmo assim, não consegui fazer nada. Fiquei tomado pela raiva. Peguei todas as minhas bizarrices artísticas e coloquei num monte de madeira e restos que tínhamos em um canto. Todos os meus colegas de trabalho que estavam conversando em um canto pararam e foram ver o que eu estava fazendo.

Logo, peguei um isqueiro e coloquei fogo em tudo. O Chefe logo perguntou: “Meu filho, o que você está fazendo?”. Eu prontamente respondi: “Queimando essas bizarrices.” Ninguém me parou. Todos, logo, sentaram-se envolta da fogueira e começaram a conversar.

Mais tarde, naquela noite, um frio arrasador atacou. Todos, já agasalhados, desistiram de ficar ao lado da fogueira e foram dormir. A neve não caiu ainda, mas um vento gelado e desagradável batia. Eu ainda estava olhando todo o trabalho que os zumbis haviam feito: uma grande piscina. Ela já estava cheia e limpa. Estava pronto para o número dos palhaços. No entanto, havia um problema: eu morria de medo de água. Seja de piscinas, lagos, rios ou – pior ainda – oceanos. Tudo isso aconteceu quando eu era criança. 

Estava na piscina pública com os meus pais quando escorreguei na água do azulejo, bati a cabeça e caí na piscina. Logo fui resgatado e levado imediatamente ao hospital. Felizmente, nada tão grave aconteceu, mas a água nunca foi a mesma para mim. Era um bicho de oito cabeças que queria me envolver e me atacar.

Portanto, pedi uma licença ao chefe e ele me concedeu. Senti-me terrível quando o fiz. O covarde pediu uma licença desonrosa. Mas acabei por ter de me satisfazer com minhas incapacidades.

Não se ouvia nada. Até que ouvi um galho se partir. Virei-me quase de imediato e não vi nada. O vento ainda passava pelos meus ouvidos. Estava acuado. Pressentia que algo iria acontecer. Dei de ombros e me virei para a piscina. Senti muito frio. Preparei-me para ir para o meu trailer quando um sujeito esquisito apareceu.

Ele já tinha sua idade. Tinha um cabelo grisalho como prata. Vestia uma roupa totalmente branca… Ele não falou nada, mas eu sentia que tinha algo de errado com ele. Era aquele homem… Aquele homem que falava com o Chefe.

Ele me empurrou. Eu caí na água. Eu não sabia nadar. Debati-me. Debati-me até não poder mais. Meus braços estavam cansados. Afundei. Afoguei. Morri.

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