The Sims Fanon Wiki
Advertisement


Traço Doméstico (TS4)
Propriedade
O conteúdo desta página é de propriedade de João PDF. A menos que a edição seja construtiva ou de poucos detalhes, peça permissão ao autor para editar a página.

Encontro Forjado é o terceiro capítulo da terceira simsérie de João PDF, Condenação. Foi publicado pela primeira vez em 14 de março de 2015.

Capítulo[]

Eduardo acordou muito cedo, proporcionando-lhe uma péssima noite de sono. Às 6 da manhã, ele logo levanta e veste suas roupas formais, dirigindo-se à igreja para rezar. Ele se senta num dos bancos e, agarrando seu terço, murmura:

–Senhor, peço perdão pelo que fiz esta noite. Fui desrespeitoso em relação a Ti e estou profundamente arrependido. Mas ainda insisto, não deixe que ela me domine. Amém.

Logo, ele acaba por pensar em Helena novamente. Gerando mais aflições, o padre estava perdendo suas forças. Uma paixão de poucos dias estava simplesmente consumindo-o, e ele não tinha ideia de como reagir. Novamente, começa a gritar:

–MALDIÇÃO! POR QUE ESTA MULHER APARECEU EM MINHA VIDA? SERÁ UM DEMÔNIO? UMA CONDENAÇÃO? EXPLIQUE-ME, SENHOR! EU PRECISO DE RESPOSTAS!

Tentando se acalmar, Eduardo acaba por não se conter e vai até a casa de Laerte, tentando descobrir o endereço de Helena a qualquer custo. Chegando, ele bate na porta violentamente.

–LAERTE!! ABRA ESSA PORTA!!!

Laerte abre quase instantaneamente, pensando se tratar de algum assunto grave.

–O que foi padre, por que a gritaria?!

Eduardo fica constrangido com a situação.

–P-perdão, eu só gostaria de saber se você sabe onde mora aquele novo casal, Helena e Túlio.

–Ora, não precisava ser tão explosivo assim! Bem, pra quê você quer saber?

–E-eu só quero sa-saber onde eles moram para dar as boas vindas, convidar para um almoço, conhecê-cê-cê-los melhor.

–Oh, certo. Sua gentileza me assunta às vezes, quem diria que você estaria disposto a derrubar uma porta em prol da inclusão social! Enfim, eles moram no final da rua, numa casa branca.

–Agradeço, L-laerte. Vejo você depois, v-viu!

–Hehe, claro, padre! Apareça aqui para tomar café ou algo assim!

Eduardo corre obsessivamente até o fim da rua, louco para encontrar Helena. Isto deixa Laerte a pensar:

“Por que será que o padre está tão ansioso? Coitado, deve estar enfrentando problemas sentimentais!”

Eduardo mostra um sorriso disfarçado na cara ao avistar a tal casa branca, ansioso para falar com a moradora em questão. Ele vai até a porta e tenta se recompor. Com um lenço guardado em seu corpo, ele limpa o suor de seu rosto e pescoço e respira ofegantemente. Logo, bate na porta calmamente, dando logo de cara com Helena:

–Ah, oi, padre! Vai bem? O que quer?

–O-o-oi! Eu só queria dar a-as b-boas v-vindas da vizinhança, nada mais! O que ach-cha de um al-almoço, por exemplo?

–Ótimo! O Túlio acabou de sair pro trabalho e eu estou de folga hoje, será uma boa forma de passar o tempo.

Ao perceber que somente Helena o acompanharia, Eduardo automaticamente pensou:

“Perfeito.”

Indo até o restaurante mais próximo, Helena tenta puxar conversa:

–Então, desde quando você é padre? Nasceu aqui?

–Na verdade, não. Cheguei aqui no início da década, já como diácono. Minha ordenação veio cerca de três anos depois. Conheceu Laerte, não é? Foi ele que me abrigou quando eu mais precisava.

–Que interessante! Ele não tinha me contado isso. Bem, na verdade, o Túlio planejava ser um padre também, mas ele mudou de ideia quando me conheceu, se é que me entende.

Eduardo então pensa:

“Ele não foi o único.”

Helena continua:

–Pra falar a verdade, eu não acho que o Túlio tem personalidade de alguém popular. Ele é muito conservador em certos pontos. Convencê-lo a me deixar trabalhar fora foi uma batalha que me tirou muito suor, viu!

Eduardo, tentando ser natural, responde a moça:

–Bem, acho que não há nada demais numa mulher trabalhar. Afinal, o casamento já não é algo “obrigatório” como antigamente, e o que importa é o amor. Consequentemente, as mulheres têm de ser independentes.

–Que bom que pensa assim, padre! Não é à toa que você tem fama de tolerante. É verdade que gosta de ler sobre evolução?

–Sou obrigado a dizer que sim. As teorias de Charles Darwin, já ouviu falar?

–Sim, ela divide muitas opiniões.

–Bem, muitos a consideram uma verdadeira blasfêmia, mas acho que é um presente do Criador: a evolução, um projeto tão complexo.

–Estou realmente impressionada. Mas já estamos chegando, o que acha de racharmos a conta?

–O que é isso! Exijo que eu pague tudo o que consumirmos!

–Não venha com essa! Eu não trabalho fora para ver homens comprando comida pra mim. 50 a 50, ok?

–Se insiste!

–Insisto sim. Olha, vamos sentar naquela mesa ali.

Os dois se sentam enquanto aguardam os cardápios. Eduardo começa a sentir orgulho de si mesmo, estando agindo naturalmente perto de Helena.

–Então, o que vai comer, padre?

–Hm, o camarão me parece uma boa escolha.

–Não tenho nenhuma ideia do que pedir, então camarão pra mim também!

–Certo! O que vamos beber?

–Uma garrafa da bebida sagrada seria uma boa pedida!

–Certo, uma garrafa de vinho tinto. Garçom, por favor!

O garçom logo aparece, recolhe os cardápios e anota os pedidos. Ambos continuam a conversar.

–Já comeu nessa lanchonete, Helena? Sempre venho aqui, me sinto bem com esse clima de... Anos 50.

–Na verdade não, mas realmente, não me parece nada mal! Você vem aqui com muita frequência?

–Bem, minha posição financeira não permite, mas sempre que possível eu venho, ainda mais com alguém disposto a dividir a conta!

–Acho que essa virou minha nova lanchonete oficial, então!

Os camarões e o vinho logo chegam. Helena, que experimentava o prato pela primeira vez, se delicia:

–Hmm, que gostoso! Nunca havia experimentado!

–Eu como uma vez ou outra, mas é um prato de dar água na boca mesmo. Ei! Você não rezou antes de comer!

–Perdão?!

–Brincadeira!

–Ah, certo.

Os dois então se calam até terminarem de consumir o camarão. Eduardo mais uma vez chama o garçom:

–A conta, por favor!

–Aqui está, senhor.

–Obrigado. Ah, ok. Aqui está o dinheiro e... Uma gorjeta pra você!

–Novamente, obrigado, senhor!

Helena então avisa a Eduardo:

–Olha, eu vou ali no banheiro, já volto, ok?

–Certo, eu vou com você.

–No banheiro feminino? Hein?

–Quer dizer, vou esperar n-no lado de fora, pra te fazer companhia, já paguei a conta, afinal!

–Oh, certo. Então venha, né?

Helena entra no banheiro e Eduardo espera ao lado da porta. Ela começa a demorar um pouco, e o deixa impaciente. Ele puxa conversa, enquanto entra lentamente no banheiro:

–Helena, você gosta de... paixões proibidas?

–Do que está falando?

–De se relacionar com um... Padre, por exemplo.

Eduardo agarra Helena por trás, seduzindo-a. Ela acaba por ceder, se vira e responde a provocação:

–Ui, nunca fiz isso, mas não é tarde, não é?

Os dois se beijam apaixonadamente. Porém, logo Eduardo se vê parado em frente ao banheiro, com Helena tentando fazê-lo voltar à realidade. Aquilo fora um sonho.

–Alô? Planeta Terra chamando?

–Oh, desculpe! Estava pensando na igreja.

–Algum problema lá?

–Nada importante.

–Certo. Então vamos?

–Vamos!

O inesperado acontece. Helena começa a murmurar, perdendo a consciência:

–Padre, eu acho que eu vou desma...

–HELENA!! ALGUÉM CHAME A AMBULÂNCIA!!!

Advertisement